O Rio Pitimbu
O rio dá nome ao bairro e corre em seu
território; nascendo no município de Parnamirim, numa comunidade chamada de
Lagoa Seca e percorre 34 quilômetros até chegar à lagoa do Jiqui. Sua bacia hidrográfica faz parte dos municípios
de Macaíba, Natal e Parnamirim.
O Passado - Segundo Câmara Cascudo, o nome Rio Pitimbu é
encontrado em documentos do século XVII (16), porém no final do século o rio
passou a se chamar Guaramime, nome que não se firmou. Sabe-se também que as
terras ao Sul do Pitimbu estavam, em 1889, nas mãos do Senhor do Engenho
Pitimbu, João Duarte da Silva. Nessa
época o rio servia principalmente para o abastecimento humano do engenho e tinha
águas limpas e abundantes.
Nas décadas de 70 e 80 o rio Pitimbu
possuía grande quantidade de peixes e até jacarés de pequeno porte, que já não
existem mais; além de ter uma grande profundidade somente podendo ser atravessado
a nado. Antigamente, não havia
assoreamento do rio e suas margens eram cobertas pela vegetação nativa – mata ciliar-
que foi sendo devastada pelo homem para a construção de casas, apartamentos, pecuária,
etc.
O rio dá nome ao bairro e corre em seu
território; nascendo no município de Parnamirim, numa comunidade chamada de
Lagoa Seca e percorre 34 quilômetros até chegar à lagoa do Jiqui. Sua bacia hidrográfica faz parte dos municípios
de macaíba, Natal e Parnamirim.
O Presente
- Os principais problemas que o Rio Pitimbu enfrenta na atualidades dizem
respeito à: ocupação irregular do solo, através de especulação imobiliária, instalações
industriais, degradação ambiental ocasionada pela destruição da mata ciliar,
poluição doméstica, agrícola e industrial, assoreamento, falta de saneamento
básico e os barramentos irregulares. Tudo isso acarreta a contaminação da água.
Segundo o coordenador do Movimento Pró-Pitimbu, Waldemir Santiago os
empreendimentos irregulares são a grande preocupação no momento, pois muito são
erguidos próximos ao rio, de forma ilegal. Ele ainda acredita que não será a iniciativa
isolada dos ambientalistas, ou mesmo do poder publico, que ira garantir a
sobrevivência do rio Pitimbu; dizendo: “A nossa preocupação é para que haja uma
ação integrada, incluindo também os proprietários das terras ao longo do rio e
a comunidade em geral”. Há de se pensar
também no cumprimento da legislação ambiental. De acordo com o coordenador
próximo a nascente do rio, em Macaíba, os problemas mais sérios são as
barragens- treze ao todo; a agricultura, com o uso muitas vezes indiscriminada
de agrotóxicos e mesmo atividade da pecuária.
O Futuro- O Rio Pitimbu pode se extinguir nos
próximos 10 anos, caso nada seja feito para melhorar seu quadro de degradação,
de poluição. Pensando nisso, movimentos sócios ambientais como o PRO-PITIMBU
pressiona os órgãos competentes do Estado a realizar debates públicos com órgãos
ambientais, universidades e organizações.
Mas a principal alternativa, no entanto, continua sendo investir em infraestrutura
na área de saneamento ambiental e em educação ambiental. Os estudos já feitos
dão conta de que a poluição acumulado no rio Pitimbu é cumulativa e pode vir a
tornar a água imprestável, se não forem desenvolvidas ações de preservação.
Outro risco é a redução no próprio volume do rio (o que naturalmente já
aumentaria a concentração dos contaminantes), devido á impermeabilização dos
solos ao longo da bacia hidrográfica. No futuro o rio pode se tornar temporário
ou ter o seu leito seco.
O movimento Pro Pitimbu tem como slogan a frase “Salve o Pitimbu- Nós dependemos
dele”.
O perigo não é eminente, mas presente e em proporção assustadora. O
trabalho que tem que ser realizado no rio não é somente um trabalho preventivo,
mas sim, curativo, restaurador e é urgente. Se esse trabalho de preservação não
acontecer não haverá mais rio. No futuro
bem próximo o rio pode ser tornar um rio temporário ou até mesmo ter o seu
leito sem água.
Não podemos ficar de braços cruzados e esperar a morte do Rio Pitimbu. A palavra de ordem é: salvar rio para que ele
continue existindo no futuro. E há muitas formas de ajudarmos ao Rio Pitimbu.
Como? Não poluindo o ambiente em que vivemos, reivindicando a retirada das
construções que são irregulares, de fábricas poluidoras, participando de ações
de limpeza no seu leito, participar do movimento Pro Pitimbu, etc.
Fontes de Pesquisa:
Periódico: Pitimbu- muito além de um rio.
Jornal Tribuna do Norte.
ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/FranciscoES_Geo.pdf
www.parnamirim.rn.gov.br/historiaparnamirim
grito-verde.blogspot.com/2009/.../rio-pitimbu-espera-da-preservao.ht...